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Mês: novembro 2003

Vivemos em uma sociedade onde cultua-se apenas a vitória. É muito raro alguém admirar o segundo colocado, aquele que não venceu, que não foi o melhor.

Vivemos em uma sociedade onde cultua-se apenas a vitória. É muito raro alguém admirar o segundo colocado, aquele que não venceu, que não foi o melhor. Presta-se honras ao vencedor, àquele que supera a todos. E mais ninguém. Isto não é o ideal. Muitas vezes, o segundo colocado possui muito mais honra e glória que o primeiro. Sim, o 5º colocado pode ir mais longe que aquele que chegou na primeira colocação.

Como pode ser isto?
Há ocasiões em que o 5º colocado superou-se muito mais, ultrapassou os seus próprios limites. Se você reparar as condições de treinamento atlético em Cuba, verá que seus atletas empreendem um esforço pessoal muito maior do que os de outros países, onde há toda uma infraestrutura e conforto. O mesmo exemplo acaba valendo para os atletas brasileiros amadores que comemoram um 18º lugar na Olimpíada como se fosse uma medalha de ouro – verdade seja dita, para alguns esportes realmente é uma vitória e tanto.

É fundamental compreendermos que o esforço e a participação no jogo vale tanto quanto, ou até mais do que a própria vitória. Quem acredita que “o que importa é vencer, ter dinheiro e ser famoso” acaba subindo bem alto unicamente para o tombo ser maior. Não estou pregando um culto à derrota, pelo contrário! Porém, vale lembrar que as derrotas ensinam porque exigem do derrotado a capacidade de superar-se, de melhorar, de tentar mais uma vez. Sob este aspecto, perder ensina muito mais do que vencer.

Por isto, é preciso saber vencer e saber perder. Ao vencer, é preciso humildade e cautela, visto que sair vitorioso hoje, não nos assegura nova vitória amanhã – cada jogo é um jogo, cada campeonato um campeonato. Ao perder, é preciso não se abater, treinar mais, aprender mais, tentar mais uma vez, persistir até vencer.

Algumas dicas para aprender com seus erros:

1) Não ache que você tem que acertar sempre – de vez em quanto você pode errar. Cada erro traz consigo uma parcela de aprendizagem. E é a aprendizagem o que importa. Se você souber avaliar o aspecto positivo do erro, pode acrescer e aprender muito. Quem erra, cresce e aprende se souber conviver com o erro e se aperfeiçoar através dele.

2) Não tenha medo de tentar e perder. Se você não pode perder, também não pode vencer. Nunca se assuste com a possibilidade do erro, pois para vencer é preciso arriscar-se a perder, e se perde-se, aprende-se, persiste-se e vence-se, mais cedo ou mais tarde.

3) Não se iluda nem com a vitória nem com a derrota. O único erro inútil é aquele no qual não aprendemos nada, onde não tiramos nenhuma lição. Trate suas vitórias e derrotas com humildade e serenidade, pois o aprendizado e o esforço pessoal é que são as verdadeiras conquistas.

4) Não tenha medo de ouvir um não. Se você não tentar, ficará a vida todo pensando: “E se eu tivesse arriscado…” – uma angústia sem fim que causa grande frustração. Ouvir alguns “nãos” é parte do processo de vitória.

5) Não se limite com a ideia da impossibilidade. Já foi provado que, pelas leis da aerodinâmica, o besouro não poderia voar: seu corpo é muito grande suas asas pequenas etc. Contudo, o besouro voa. Brinca-se que ele o faz porque não estudou Física e não sabe que não pode voar. A crença na possibilidade é que gera a capacidade interior para trabalhar, persistir e conseguir.

Como você pode aplicar tudo isto em sua atividade profissional?

1) Se você está vivendo um presente cheio de DERROTAS:
Aprenda o máximo possível com o insucesso, corrigindo os erros e persistindo na busca da vitória.
Comemore o fato de ter tentado.
Esqueça a emoção ruim da derrota, mantendo apenas o aprendizado. Assim, substitua a imagem da “derrota” pela da experiência obtida, guardando as imagens mentais positivas.

2) Se você está vivendo um presente cheio de VITÓRIAS:
Mantenha a humildade, procurando o aperfeiçoamento e a superação dos próprios limites.
Comemore o fato de estar obtendo sucesso.
Assimile o ensino de humildade e responsabilidade do apóstolo Paulo: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia” (I Coríntios 10,12).

Você percebeu que escrevi o título do artigo com um erro de ortografia?

Não?! Sim?! Com um, dois ou três R’s, o importante é que você compreendeu o que pretendi expressar.

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