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Mês: abril 2006

Desenvolver pessoas não traz resultados de curtíssimo prazo, mas garante a continuidade da organização por longos anos.

investir“A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender”. (Albino Teixeira) Mesmo nadando contra a corrente atual, muitas empresas continuam a acreditar que investimentos na educação de seus profissionais é um dinheiro jogado fora. Elas possuem belas fachadas, são (por vezes) altamente lucrativas e têm marcas respeitadas em seu segmento de atuação. Contudo, são estas mesmas organizações que estarão fechando as portas de seus estabelecimentos no dia de amanhã, pois sucesso atual não é garantia de prestígio futuro. O que lhes falta? A consciência de que o seu êxito está atrelado ao constante desenvolvimento das pessoas que por lá atuam. Neste sentido, é trágico notar que muitos empresários desejam ter pessoas criativas, mas não criam um ambiente de trabalho que permita as mínimas condições para que esta habilidade seja intensamente praticada e nem qualificam as pessoas para tanto. Programas de treinamento não podem ser vistos como custo operacional, mas um necessário investimento a fim de que a estratégia empresarial seja bem-sucedida. Pouco adianta fazer consideráveis campanhas de publicidade se a equipe de atendimento interno não estiver capacitada a legitimar as expectativas criadas na cabeça do consumidor, por exemplo. As pessoas realmente constituem o principal ativo de uma organização, ou seja, são mais importantes que os recursos materiais e o capital financeiro investido no negócio e este não é um argumento frágil, mas uma realidade. Empresas quebraram porque seus funcionários decidiram não se comprometer com os resultados que precisavam ser atingidos; enquanto isto, outras prosperaram exatamente porque as pessoas criaram um ambiente de colaboração e grande produtividade. Alguns indicadores explicam o porquê deste fenômeno e também demonstram claramente se determinada empresa tem uma visão de futuro baseada no aprendizado contínuo de seus profissionais. São eles: – Programas de desenvolvimento. Há uma estratégia de capacitação interna bem definida e não apenas treinamentos esporádicos e sem foco; – Rotação de cargos. As pessoas fazem estágios em áreas diferentes para adquirirem competência em grande parte dos serviços prestados; – Bolsas parciais. Profissionais cursam escolas de idiomas, universidades ou pós-graduação com auxílio financeiro; – Meritocracia. Os melhores cargos não são distribuídos por antigüidade (quem está há mais tempo na empresa), mas sim pelo bom desempenho demonstrado; – Valorização das idéias e iniciativas. O processo de inovação é construído através da participação e sugestões de toda a equipe, desde o mais simples funcionário; – Aprendizado diário. As pessoas têm a consciência de que aprendem algo novo em cada um dos seus dias de trabalho porque vivenciam situações onde seu intelecto é invariavelmente demandado. Como vimos, investir no desenvolvimento de pessoas exige um profundo interesse da cúpula da companhia e não traz um retorno de curtíssimo prazo, mas cria as condições necessárias para que a empresa garanta sua continuidade por longos anos, mesmo que estes profissionais não permaneçam por lá todo o sempre. Não esqueçamos a frase de Peter Senge: “O futuro das organizações – e nações – dependerá cada vez mais de sua capacidade de aprender coletivamente”. E o mais importante: não esqueçamos que o futuro já chegou.

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