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Mês: agosto 2006

Os estrangeirismos invadiram o dia-a-dia do trabalhador e é preciso conhecer muito bem o que significa cada palavra para não cometer gafes.

verboCoaching, Mentoring, Empowerment, Job Rotation, Networking, Benchmarking, Downsizing, Outplacement, Outsourcing, Kaizen…

A ciência da Administração é pródiga em criar termos que alcançam amplitude mundial numa rapidez estonteante. Ao mesmo tempo, nós brasileiros não temos resistência em acolher e também adaptar estas terminologias estrangeiras à realidade tupiniquim.

Até aí, tudo bem. O problema reside no fato de que muitas pessoas utilizam os termos de forma indiscriminada, pois desconhecem onde (e como) aplicá-los. Relacionei 10 vocábulos que já fazem parte desta linguagem cotidiana para quem atua em organizações e uma rápida explicação para você medir até que ponto já domina esta nomenclatura:

1) COACHING. Coach é uma palavra inglesa que significa “treinador” e Coaching explica o processo em que um consultor de carreira atua como facilitador de outra pessoa visando ajudá-lo(a) a desenvolver competências profissionais e/ou pessoais. Assim, é um processo de investigação e auto-aprendizado para a definição de metas e objetivos.

2) MENTORING. Refere-se à relação em que um profissional mais experiente (mentor) e com habilidades interpessoais acompanha e “apadrinha” um outro mais novo para que este obtenha um sólido crescimento funcional. É o que normalmente ocorre quando um trainee é contratado e passa a receber aconselhamento de alguém com grande bagagem até que internalize a cultura e funcionamento da empresa onde está ingressando.

3) EMPOWERMENT. Traduzido para o português, este termo significa literalmente “empoderamento” e explica o conjunto de procedimentos que buscam a interação e o envolvimento dos profissionais de forma que estes se sintam impulsionados a tomar iniciativas dentro da organização. Por conseqüência, trata-se de dar autonomia às pessoas/grupo para que façam mudanças em seu trabalho e na forma como é desempenhado.

4) JOB ROTATION. É o rodízio de funções promovido pela empresa com o objetivo de fazer com que as pessoas se tornem multifuncionais, isto é, saibam realizar atividades de diversos cargos. Assim, as pessoas realizam estágios em áreas diferentes para adquirirem competência em grande parte dos serviços prestados. A vantagem deste sistema é que não há prejuízos quando profissionais estão em período de férias ou há desligamentos rápidos.

5) NETWORKING. Network é a rede de relacionamentos profissionais que alguém possui e não se trata apenas de amizade. Pelo contrário, é uma relação puramente profissional em que um profissional ajuda outro já antevendo o dia em que poderá solicitar a retribuição da “gentileza”. Daí decorrem dois cuidados principais: montar uma boa rede de contatos e mantê-la atualizada por contatos periódicos.

6) BENCHMARKING. Utilizado para estabelecer metas de melhoria em processos (produtos e serviços), trata-se de uma ferramenta onde as empresas procuram conhecer as organizações que têm o melhor desempenho (concorrentes ou não) e, a partir daí, aprendem com suas estratégias de sucesso. Ao mesmo tempo, também se trata da análise dos erros cometidos por estas organizações visando evitar as falhas anteriormente cometidas por quem está sendo analisado.

7) DOWNSIZING. Modismo nos anos 90, trata-se da redução radical dos níveis hierárquicos de uma organização – visando aproximar os níveis operacionais da alta direção – ou da venda de negócios não-estratégicos com o objetivo de ganhar flexibilidade no atendimento às necessidades dos clientes e agilidade nas respostas solicitadas pelo mercado. Foi responsável pelo corte de milhares de postos de trabalho em todo o mundo.

8) OUTPLACEMENT. A demissão de funcionários pode ser extremamente traumática tanto para quem sai quanto para quem permanece na empresa. É pensando nisto que muitas organizações têm contratado o serviço de consultorias que apóiam trabalhadores dispensados até que estes consigam uma nova recolocação. O serviço é pago pela empresa (e não pelo funcionário desligado) e compreende também o aconselhamento financeiro e a preparação para entrevistas de emprego.

9) OUTSOURCING. A necessidade de respostas rápidas vem fazendo com que as empresas estabeleçam parcerias com outras organizações para que estas assumam serviços não-estratégicos, isto é, tudo o que não fizer parte do seu negócio principal. Vale lembrar que o Outsourcing não é uma “terceirização”, a empresa continua a manter um relacionamento estreito com o fornecedor, mas de tal forma que seus executivos tenham tempo para se dedicar às estratégias principais.

10) KAIZEN. É um conceito japonês de administração que significa “mudar para melhor” de forma contínua, com bom senso e dentro de um quadro onde todos os colaboradores de uma organização são envolvidos. Em outras palavras, o recado principal desta estratégia é o de que nenhum dia deve passar sem que algum tipo de melhoria tenha sido implantada em algum lugar da empresa.

Você já percebeu: quando o assunto é management, o verbo não é português. Infelizmente.

Tenha uma ótima semana!

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