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Goste (muito) do que você faz

Algumas pessoas consideram seu trabalho como algo agradável e tão prazeroso que parecem praticar um hobby.

goste-do-que-fazHá milhares de artigos disponíveis em livros, jornais, revistas e sites que procuram desvendar os segredos para que um profissional possa alcançar o sucesso tão desejado no mundo de hoje. Lendo bastante a respeito deste assunto durante os últimos dias pude encontrar um denominador comum: a importância de gostar do que se faz para atingir a excelência.

E então, nos deparamos com outra pergunta: como descobrir se faço o que realmente gosto?

Em primeiro lugar, vale ressaltar que para os bem-sucedidos, trabalhar não é nenhum sacrifício; ao contrário, eles não saberiam viver sem isso. O filósofo chinês Confúcio já dizia há pelo menos mil anos: “Quem gosta do que faz, não trabalha”. É muito fácil perceber o entusiasmo de todos estes apaixonados pelo que fazem ao falarem sobre suas profissões.

Um fator muitas vezes negligenciado mas que auxilia muitos é que, por atuarem numa atividade que apreciam, o trabalho é um prazer, as horas passam rapidamente e eles se destacam em relação aos outros. Você pode até dizer, “mas isto é óbvio”? Eu concordarei e direi: o problema é que o óbvio normalmente não é praticado.

Estas pessoas consideram seu trabalho como algo agradável e tão prazeroso que parecem praticar um hobby. É a coisa de que mais gostam de fazer, o que fazem de melhor, já que sentem tanto bem-estar. Conseqüentemente, os resultados financeiros acabam aparecendo por todos os lados.

A empresária Chieko Aoki contou uma experiência vivida em sua família: ‘A coisa mais importante é fazer aquilo de que se gosta. Não importa o quê. Por exemplo, eu tenho um sobrinho que é grande acionista de uma empresa da família. Ele poderia simplesmente viver bem como acionista, mas não o fez. Ele sempre gostou de carros, mas não poderia ser vendedor, ser grande empresário no setor, porque não tem competências administrativas. A única coisa que sabia fazer bem era dirigir. Então eu lhe disse: ‘Vá ser motorista’. Hoje ele é motorista da empresa, extremamente feliz porque faz o que gosta. Apesar de também receber os dividendos das suas ações na empresa, vive do seu salário como motorista. Sente-se satisfeito, faz bem seu trabalho, se sente útil. É um ótimo motorista. Para que ser um empresário falido, se pode ser um ótimo motorista? Se tivesse filhos, eu os aconselharia a fazer o que gostam, porque aquilo de que você gosta, você faz bem-feito. Você irá se dedicar, será feliz, e talvez um dia tenha a visão de um grande negócio na sua área’.

As pessoas bem-sucedidas têm tamanho amor à profissão que a maioria deles inclusive parece não perceber exatamente qual é a fronteira que as separa da atividade que exercem. Magim Rodriguez disse que o seu nome praticamente mudou para Magim da Ambev. Miguel Krigsner contou que teve problemas existenciais quando seu sobrenome passou a ser Boticário. Sempre que liga para alguém e perguntam quem é, ele responde que é o Miguel do Boticário, e sempre que vão apresentá-lo a alguém, apresentam-no como o Miguel do Boticário. A empresa e ele passaram a ser a mesma coisa.

Flávia Pacheco, autora do livro ‘Talentos Brasileiros’ (Negócio Editora) entrevistou ícones brasileiros como o banqueiro Roberto Setúbal, o tenista Gustavo Küerten, o alpinista paranaense Waldemar Niclevicz e a médica Zilda Arns (fundadora da Pastoral da Criança), entre outros, com o intuito de descobrir qual o verdadeiro motivo de serem bem-sucedidos no que realizam. E a resposta foi extraordinária: 100% dos entrevistados afirmaram que o fator mais importante é o amor que eles têm pelo que fazem.

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