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A importância do método

É preciso ter um método que o ajude a chegar longe em sua carreira e que as exceções ao uso deste não justificam uma postura de relegar sua importância.

f03474fa8848f630aca10b690297bbe6O que é comum a um profissional campeão de vendas, a uma médica admirada por seus pares, a um estudante aprovado em vários vestibulares e a uma empresária bem-sucedida? Seguramente cada uma destas pessoas possui um método que orienta seu desempenho.

Mas, o que constitui o método e qual a importância dele? Originada do grego, esta palavra significa “caminho para o resultado”, isto é, sequência de ações necessárias para se alcançar o objetivo pretendido. Aquilo que você sabe que deve cumprir para que o seu propósito seja atingido e o que ordinariamente chamamos de “o jeito certo de fazer as coisas”.

No tocante a este assunto existem basicamente três tipos de pessoas: aquelas que utilizam método e são muito eficazes, outras que fazem o uso errado dele e aquelas que acham perda de tempo falar sobre isto. Inclusive, nesta última relação está a maior parte delas, que prefere adotar a estratégia de tentativa-e-erro.

Mas, por que tanta gente resiste a trabalhar com método? Entre outros motivos, devido a uma série de ideias preconcebidas, como a de que o sucesso é fruto do acaso. Quem não entende o método utilizado por outrem – e que justifica o êxito daquele – se sente tentado a acreditar que tal sujeito é sortudo; afinal de contas é mais fácil pensar que Deus joga dados no céu.

Henry Kissinger, que foi secretário de estado norte-americano entre 1973 e 1977, tem uma frase espetacular a respeito deste assunto. Segundo ele, “o sucesso resulta de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco melhor. O insucesso, de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco pior”. É por isto que os detalhes explicam a diferença entre um método eficaz e outro que pouco contribui.

Também não valorizamos socialmente as pessoas que seguem um método. Quem faz tudo certinho e com organização é visto como mala ou chato e por isto soa como xingamento afirmar a uma pessoa que ela é metódica. Já aqueles que utilizam o malfadado “jeitinho brasileiro” e a gambiarra – exatamente o oposto – geralmente são enquadrados como indivíduos espertos e criativos.

Também há aqueles que mesmo conhecendo o método e discursando a respeito de sua importância para os demais, não o aplicam. São os indisciplinados, que não possuem a consistência necessária (ou será paciência?) para aguardarem os resultados que desejam. Gente que muda seu método ou estratégia por excesso de ansiedade, pondo a perder tudo o que fez até então.

Ainda, é preciso saber que às vezes o contexto muda de forma tão drástica que um método de sucesso pode mostrar-se ineficaz dentro da nova realidade. Certa noite, um garoto de catorze anos contou que havia sido convidado para dar uma aula no dia seguinte. O pai, que era especialista em Métodos Instrucionais para os militares, sentiu que estava ali a extraordinária oportunidade de transmitir ao filho sua experiência.

“Este é o método como agimos no exército, meu filho”, disse ele. “Primeiro, escolhemos objetivos constituídos de ação, situação e nível de desempenho. Assim, decida antecipadamente que ação deseja que os estudantes façam, em que situação espera que a realizem e, finalmente, como pretende que a executem. E lembre-se: toda instrução deve objetivar desempenho, desempenho e desempenho”.

No entanto, o menino não ficou impressionado e tudo o que disse foi: “Não dará certo, papai”. E escutou-o retrucar: “Claro que dará. Sempre dá certo. Por que não daria?” E o jovem respondeu: “Porque é para dar uma aula sobre educação sexual”.

Nem sempre o método que utilizamos é supremo e também não podemos ser escravizados por ele, mas as exceções circunstanciais não justificam uma postura de relegar sua importância. A questão é saber quando ele é aplicável ou não. Como ao pai desta historieta, escutar primeiro e só depois emitir uma opinião é um bom primeiro passo.

 

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