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As perguntas-chave

Perguntas bem feitas são capazes de nos ajudar a descobrir coisas que estão diante dos olhos, mas que insistimos ignorar pelos mais diversos motivos.

perguntas-chaveO método socrático é uma técnica de investigação filosófica conduzida em diálogo no qual alguém faz perguntas ao outro com o objetivo de revelar as contradições existentes no modo de pensar deste a fim de ajudá-lo a redefinir valores e a pensar por si mesmo, entre outras coisas. Afinal, como o próprio Sócrates preceituava, a sabedoria começa na reflexão.

Sem entrar no mérito do valor deste método ou numa definição mais criteriosa a respeito, temos de concordar que perguntas bem feitas são capazes de nos ajudar a descobrir coisas que estão diante dos olhos, mas que insistimos ignorar pelos mais diversos motivos. E isto vale para todos os campos da vida, incluindo a carreira.

Por exemplo, àqueles que são profissionais sem papel de gestão creio que cabem três importantes indagações. A primeira delas é: “Contrataria a si próprio ou alguém que age e pensa exatamente como você?” Num primeiro momento quase todos os indivíduos tendem a responder que sim, mas deixando de lado o espírito de autoproteção, analise com cuidado se hoje realmente pode ser considerado um trabalhador-modelo.
 
O segundo questionamento precisa ser: “Quando foi a última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez?” Muitas pessoas entram numa rotina tal em suas vidas que nem percebem que já há algum tempo estão apenas repetindo o que deu certo no passado. Ou seja, esquecem que é possível – e admirável – buscar oportunidades de melhoria contínua diariamente e antes que o contexto externo as obrigue a arriscarem-se ao novo.
 
Também pense acerca dos resultados significativos que você vem alcançando. “Qual foi a sua maior realização profissional nos últimos doze meses?” As pessoas ouvem este tipo de pergunta quando estão participando de entrevistas para novos empregos e sua carreira agradecerá se conservar o hábito de analisar os seus feitos extraordinários ou a falta deles enquanto estiver bem empregado.
 
Por outro lado, caso seja líder de um time de trabalho, há três outras indagações recomendáveis. A primeira delas é: “Se a partir de hoje o seu negócio passasse a ser voluntário ou sem a intenção de obter lucratividade, quantos dos seus funcionários viriam amanhã? Em tempos nos quais as pessoas buscam um trabalho dignificante e que lhes confira significado, nada melhor do que analisar até que ponto tem conseguido mover as pessoas a um propósito maior.
 
Já esta interrogação provoca calafrios em alguns: “O que você imagina que os seus colaboradores dizem acerca de você quando estão na casa deles durante o jantar?” Aparentemente é muito difícil descobrir a resposta, mas se quiser mesmo conhecer a verdade só precisará perguntar ao filho de oito anos de qualquer um dos seus colaboradores. Crianças nesta idade geralmente não mentem.
 
E por fim, uma pergunta que qualquer profissional em posição de liderança precisa aprender a responder afirmativamente: “Se tivesse de largar o trabalho atual de uma hora para a outra e o substituto fosse indicado por você mesmo, quais as reais probabilidades dele ser mais bem-sucedido no cargo?” É muito bom notar que parte dos gestores já não teme as pessoas com alto potencial e até procura recrutá-las no mercado quando estas se encontram distantes da companhia. Espelho da máxima: se você quer ser promovido, ajude a promover alguém.
 
No mundo alucinado e tecnológico em que vivemos é comum as pessoas negligenciarem o tempo que poderiam dedicar à reflexão para fazerem outras coisas emergenciais. E pelo menos no tocante ao trabalho, parece que a ficha cai apenas quando as coisas não caminham bem. A boa notícia é que não precisa ser assim com você.
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