Empresas de pequeno porte que se profissionalizam têm mais chances de se manter no mercado e em crescimento. Um desafio para empresários que precisam abandonar a mentalidade de empreendimento familiar.
Não é uma estatística do Sabrae, mas uma percepção de consultores que trabalham com empresas de pequeno porte. Os empresários que investem na profissionalização têm mais chances de manter e expandir o negócio. São empresas que passaram dos cinco anos de existência e que faturam, em média, entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões.
Esses empresários já venceram o risco de mortalidade do empreendimento nos dois primeiros anos, mas enfrentam o momento crucial de tomada de decisão: ou permanecem como empresas familiares ou se profissionalizam. “As empresas brasileiras são essencialmente familiares. Nem sempre a pessoa está exercendo a função no lugar certo. Com a profissionalização, conseguirá trazer profissionais com ideias para o cargo.
Algumas coisas típicas das empresas familiares também deixam de acontecer, como misturar as finanças pessoais com a da empresa”, comenta a consultora do Sebrae, Simone Millan Shavarski.
“A partir do momento em que consegue estabilidade, o empresário se depara com situações, como a de não conseguir aproveitar as oportunidades do mercado se não tiver outros profissionais. É um momento crítico e de tomada de decisão de investir na contratação profissional”, exemplifica Simone.
A profissionalização requer que o empresário aprenda a delegar funções, conseguindo, a partir daí, aproveitar as oportunidades e a investir também no próprio conhecimento.
Antes mesmo da profissionalização, diz Simone, o empresário deve definir quais funções pretende delegar a um profissional. “Enquanto não aprende a delegar, esses empresários não conseguem tirar férias ou fazer um treinamento. A profissionalização traz muitos benefícios”, avalia a consultora.
Para o consultor empresarial Flávio Moura, alguns empresários só reconhecem a necessidade de profissionalização nos momentos de crise. “Querem uma solução rápida que, não necessariamente, surgirá com a rapidez esperada. A visão sobre a importância de profissionalização deveria ocorrer antes”, avalia Moura.
Fonte: Jornal de Londrina