Um dos principais objetivos dos profissionais que planejam suas carreiras é a promoção para cargos estratégicos dentro das organizações nas quais trabalham. Entretanto, o que é necessário para ocupar tais posições e quais os cuidados a serem adotados?
Primeiramente, é bom saber que, enquanto os cargos de nível intermediário – supervisão e coordenação, por exemplo – exigem habilidades técnicas e interpessoais, os cargos estratégicos requerem habilidades conceituais. Sendo assim, é imprescindível que o profissional consiga antecipar tendências de mercado, tenha visão global acerca do negócio e investigue os efeitos de longo prazo das decisões tomadas no momento atual, dentre outras competências.
O problema é que geralmente os cargos operacionais e táticos não propiciam o desenvolvimento de habilidades com tamanha especialização, pois as atribuições e responsabilidades destes níveis são muito diferentes das posições estratégicas. Assim, se você tem sido “provocado” a entregar aquilo que geralmente é exigido somente do staff principal da companhia, comemore intensamente e saiba que sua carreira encontra-se em franco crescimento.
Isto explica porque é tão difícil ascender em organizações que não proporcionam a oportunidade das pessoas aprenderem a pensar estrategicamente. Mas, o que as empresas têm feito de maneira objetiva para que seus colaboradores passem a pensar estrategicamente? Em especial, oportunizado que eles participem dos processos de tomada de decisão a fim de aprenderem aquilo que infelizmente seus cargos nunca exigirão.
A formação superior também contribui com o desenvolvimento das habilidades conceituais graças às discussões acadêmicas que nem sempre são vistas com bons olhos, porém se revelam um meio eficaz para ampliar o horizonte de percepção. É por isto que cursar a graduação numa boa universidade ou fazer um curso de MBA de reconhecida excelência realmente facilitam o acesso a cargos cobiçados por todos.
Diferentemente, os cursos técnicos e tecnológicos, devido à sua abordagem voltada ao aprendizado prático, favorecem o desenvolvimento de habilidades de execução técnica, fundamentais aos cargos operacionais, mas insuficientes para quem anseia trabalhar no nível estratégico.
Ainda não se pode esquecer que há uma considerável parcela de profissionais que são alçados a cargos de primeiro nível devido ao bom relacionamento que cultivam com os donos do negócio. Um artifício que realmente pode levá-lo ao topo, mas que cria resistências internas e uma iminente queda quando não há competências que sustentem tamanha responsabilidade.
Por fim, se você almeja cargos na área estratégica também tenha em mente que as habilidades de liderança e uma grande capacidade de comunicação (tanto verbal quanto escrita) pesarão bastante na hora em que surgir a oportunidade de ser promovido. Sem esquecer que o domínio de um segundo idioma e o perfil comportamental adequado também deverão fazer parte do seu cardápio profissional.
Para ocupar uma posição estratégica em sua empresa é necessário, antes de mais nada, ser estratégico em relação à própria carreira.