O desenvolvimento dos líderes que conduzirão a sua empresa para um futuro promissor depende da capacidade de vocês formarem multiplicadores internos. E os mais aptos para assumirem este papel geralmente são os gestores que já possuem um bom tempo de casa e ainda conhecem os meandros do mercado no qual atuam.

Porém, fazer com que esses profissionais transmitam o próprio conhecimento aos seus subordinados não é uma missão muito fácil. Inúmeros deles ficam reticentes, ou porque não têm paciência de ensinar os colegas, ou porque pensam que os colaboradores mais novos deveriam passar por todos os obstáculos da carreira e aprender com a própria experiência em vez de acessarem os atalhos de “mão beijada”.

Para conseguir mudar esse tipo de comportamento, é preciso conferir um propósito significativo para eles. Como? Sensibilizando-os sobre a autorrealização que advém do trabalho de mentoria e da importância de construírem um legado para suas próprias carreiras.

Logo abaixo detalhamos algumas boas práticas que vocês podem aplicar para engajar seus líderes mais experientes nesse trabalho. Confira:

– Procure envolvê-los desde o início. Quando líderes experientes participam da concepção do programa de treinamento de jovens líderes, tendem a se sentir responsáveis pelo sucesso dessas pessoas. E é claro, fica mais fácil você desenhar ações de aprendizagem que realmente facilitem a transmissão dos conhecimentos e habilidades que precisam ser disseminados.

– Resgate a experiência deles. A empresa tem que criar um ambiente em que a bagagem profissional dos mais antigos possa ser transmitida aos futuros líderes. O interessante é que, enquanto ensinam os tutelados, seus gestores provavelmente vão acabar percebendo alguns gaps que eles mesmos possuem e também ficarão motivados para se desenvolver.

– Capacite-os para serem multiplicadores. Profissionais mais experientes têm necessidade de deixar um legado, principalmente quando estão na última fase da carreira. A grande motivação deles, na maior parte das vezes, é saber que o trabalho a que se dedicaram durante inúmeros anos não “morrerá” assim que eles se aposentarem. Mas o desejo de deixar seu legado não pode esbarrar na dificuldade de transmitirem o que sabem. Por isso, mostre a eles como um multiplicador de conhecimento age enquanto orienta jovens profissionais.

É comum que os gestores com mais tempo de carreira fiquem reféns do próprio conhecimento, das habilidades já adquiridas e de tudo que fazem com competência.

Esperamos que essas dicas ajudem a sua empresa a sensibilizar os líderes mais experientes de que o conhecimento deles não pode ser jogado fora assim que eles deixarem a organização. E, especialmente, lembrá-los que a boa vontade dessas pessoas não é suficiente para que eles transmitam o que sabem. A empresa também precisa cumprir o papel que lhe cabe de apoiá-los.

A sua companhia tem investido na formação de multiplicadores?