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Como você propõe novas ideias em sua empresa?

Alguns profissionais obtêm novas experiências e, ao retornarem ao seu ambiente de trabalho se deparam com a resistência dos colegas

O mito da caverna é uma metáfora criada pelo filósofo grego Platão e trata da história de pessoas que, presas numa caverna desde o seu nascimento, se limitavam a olhar para algumas imagens desenhadas na parede pela claridade de uma fogueira.

Como você propõe novas ideias em sua empresa?
Avalie muito bem o contexto, pois o que serve para uma empresa nem sempre será a melhor coisa do mundo no lugar onde você trabalha.

Certo dia, um dos homens conseguiu escapar desse local e se deparou com uma realidade muito diferente lá fora. Primeiro percebeu que passou a vida toda avaliando e julgando imagens projetadas por estátuas. E, depois, encantado com a natureza e os seres que nela viviam, resolveu retornar à caverna para falar das suas descobertas aos colegas que ali ficaram. 

No entanto, o resultado foi bem diferente do esperado, já que todos o ridicularizaram ao ouvirem as histórias que contava. Eles acreditavam somente no que viam e passaram a chamá-lo de louco, a ponto de ameaçá-lo, caso não parasse de falar aquelas coisas que consideravam absurdas.

O mito da caverna nos dias atuais

Isso pode parecer muito distante da nossa realidade, mas infelizmente alguns profissionais obtêm experiências “fora da caverna” – em treinamentos, MBA’s ou em outras organizações –, e, ao retornarem ao seu ambiente de trabalho com disposição de sobra para compartilhar o que aprenderam, logo se deparam com uma visão viciada e distorcida dos colegas que “não saem da caverna” de jeito nenhum.

Assim como o prisioneiro liberto, muitos profissionais acabam chocando aqueles que não bebem água da mesma fonte e as resistências que enfrentam vão de um simples olhar torto a boicotes do tipo novela das nove.

 

 

É claro que a mudança pessoal não acontece do dia para a noite. Ninguém se liberta num todo da “própria caverna”. E concordo que seja praticamente impossível não sentir algum desconforto diante de uma mudança de impacto, ainda mais quando ela é necessária.

O grande problema é que alguns transformam sua saída da caverna em sofrimento e, no trabalho, lutam para neutralizar o avanço de novas ideias simplesmente porque querem continuar apreciando apenas as sombras projetadas nas paredes. E a consequência principal é que essa paralisia compromete a evolução deles e daqueles com quem convivem.

Como propor coisas novas

Em alguns casos, a resistência ao novo de parte da equipe é tão grande que algumas pessoas preferem abandonar a empresa a terem que dedicar parte do seu esforço para persuadir os acomodados.

Se você acabou de sair da caverna e está voltando para contar aos demais o que viu lá fora, tome alguns cuidados: escolha o melhor momento para recomendar qualquer tipo de mudança, não se deixe levar pela empolgação com tudo aquilo que acabou de vivenciar – afinal, os colegas ainda não conhecem os benefícios do “mundo lá fora” – e não fique tentando convencer a todo custo os mais resistentes. Ou seja, avalie muito bem o contexto, pois o que serve para uma empresa nem sempre será a melhor coisa do mundo no lugar onde você trabalha.

O novo pode parecer lindo num primeiro momento, mas é preciso compreendê-lo bem antes de qualquer movimento de mudança. Você não quer ser tratado como aquele homem que, mesmo tendo a melhor das intenções, foi visto como louco, correto?

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