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Conhece-te a ti mesmo!

Precisamos buscar autoconsciência para reconhecer quem somos, qual o nosso propósito de vida, as virtudes que carregamos e as áreas de sombra onde é preciso depositar fachos de luz.

A frase “Conhece-te a ti mesmo” é um aforismo grego que Sócrates parece ter retirado de uma inscrição no templo de Delfos e fundamentou boa parte das ideias desse importante filósofo.

Segundo ele, precisamos buscar autoconsciência para reconhecer quem somos, qual o nosso propósito de vida, as virtudes que carregamos e as áreas de sombra onde é preciso depositar fachos de luz. Aliás, também é atribuída a Sócrates aquela outra máxima: “A vida que não se examina não vale a pena ser vivida”.

Dirigindo a reflexão de hoje para o mundo do trabalho, o “conhece-te a ti mesmo” passa pela resposta a algumas perguntas que, inevitavelmente, o colocarão frente a frente com o espelho:

— Quais são os seus valores? Os princípios-chave que guiam a sua vida e dos quais você não abre mão de jeito nenhum.

— Quais são os seus pontos fortes e fracos? Aquilo que o ajuda a sobressair no trabalho e, em contrapartida, as áreas nas quais apresenta grande dificuldade para navegar.

— Como você prefere trabalhar? Em um ambiente silencioso ou movimentado, em equipe ou sozinho, onde há estrutura e organização ou quando há espaço para ser criativo e imprimir um toque pessoal?

— Como você aprende coisas novas e compartilha conhecimento com outras pessoas? Tem gente que é por meio da leitura ou escrita, outros da fala, uma parcela prefere a escuta, há aqueles que necessitam colocar a mão na massa etc. E você?

Essas questões acima foram propostas por Peter Drucker em um artigo clássico publicado pela Harvard Business Review em 1999 e reconheço que toca nos pontos que realmente importam.

Mas, ainda resta uma pergunta: será que existem outras ações para ampliar a autoconsciência, além de olharmos para nós mesmos? A resposta é sim. Você pode buscar o apoio de pessoas próximasanalisar o próprio desempenho friamente e participar de processos de assessment.

Tem coisas que não dá para enxergar sozinho. Você só descobre ao pedir feedback sobre o seu comportamento àqueles que o rodeiam. E, em especial, quando cria uma relação de mentoria com alguém experiente, confiável e que topa orientá-lo ao longo da jornada, caminhando ao seu lado.

Um outro passo é comparar os resultados do seu desempenho atual com as expectativas de carreira que colocou no papel. Os números – quando corretamente levantados – sempre são reveladores. Se há uma distância considerável entre o que você quer e aquilo que vem alcançando é porque existe alguma coisa de errado. Você só não sabe ainda o que é. Investigue a fundo.

E, por fim, sempre esteja aberto a participar de processos de assessment já validados. O relatório descritivo de instrumentos como o MBTI, o DISC, o Insights Discovery e o PI, por exemplo, são reveladores a ponto de ajudá-lo a compreender detalhes do seu perfil psicológico que passam despercebidos no dia a dia e precisam ser administrados o quanto antes.

Pense nisso!

Wellington Moreira

Palestrante e consultor empresarial especialista em Formação de Lideranças, Desenvolvimento Gerencial e Gestão Estratégica, também é professor universitário em cursos de pós-graduação. Mestre em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é autor dos livros “Como desenvolver líderes de verdade” (Ed. Ideias e Letras), “Líder tático” e “O gerente intermediário” (ambos Ed. Qualitymark).

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