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O elefante branco das organizações

Nenhuma organização pode se dar ao luxo de arcar com custos desnecessários, portanto, elimine os “elefantes brancos” e busque, através de um bom planejamento, obter o retorno esperado.

elefante-brancoExiste algum elefante branco na sua organização? Você já deve ter ouvido a expressão “isso não passa de um elefante branco”, esse termo teve origem no Sião (Ásia) onde os reis costumavam presentear pessoas com elefantes albinos, um animal extremamente raro e por esse motivo também considerado sagrado. Possuir um espécime dessa natureza era, e ainda é em alguns países, uma grande honra, um sinal de que o reino era governado com justiça e abençoado com paz e prosperidade.

Quando alguma familia caía em desgraça, era costume o rei presentear com um desses raros animais para que também fossem abençoados. Porém, como os animais eram considerados sagrados e as leis os protegiam do trabalho, receber um elefante branco de presente era simultaneamente uma benção e uma maldição: uma benção porque o animal era sagrado e um sinal do favoritismo por parte do monarca; e uma maldição porque não tinha muito uso prático que compensasse o alto custo de sua manutenção.

Para todo e qualquer investimento feito se espera um retorno maior ou mais relavante do que o investido, esta é a regra básica para qualquer negócio. Contudo, a expressão anteriormente citada está relacionada a situações onde o custo é desproporcional à sua usabilidade ou valor, sendo frequentemente utilizada para referenciar obras públicas sem utilidade. Por exemplo, os estádios para a Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014 foram inicialmente orçados em 3,5 bilhões de reais e até o momento (menos de 50% das obras concluídas) já custaram mais que o dobro do valor total previsto. Segundo o Anuário Exame Infraestrutura (2012 – 2013), restam muitas dúvidas a respeito do futuro dessas construções, já que apenas 7 deles foram concebidos pensando em sua viabilidade econômica pós-evento. Os demais tem tudo para se transformarem em legítimos “elefantes brancos”, grandes e vistosos mas que não servem para nada.

Existem “elefantes brancos” também nas organizações, onde alguns empresários ou gestores buscam tanto algo grandioso e depois descobrem que não serve pra nada, ou que o resultado obtido não é o esperado. Normalmente isso acontece quando decisões importantes são tomadas sem planejamento, principalmente se os resultados esperados são de longo prazo. Por exemplo, a decisão precipitada de uma organização em adquirir um ERP (Sistema Integrado de Gestão Empresarial) e depois de algum tempo perceber que tudo aquilo não era necessário e que mesmo diante de um crescimento futuro a empresa não utilizará todos os recursos disponíveis, deixando-o, de certa forma, ocioso.
 
Podemos citar ainda a decisão de construir um armazém, ou ampliar o atual, para atender o aumento da produção. Se bem planejada uma política comercial mais agressiva poderia resolver essa situação, evitando que essa estrutura se tornasse obsoleta com o passar do tempo, já que o problema pode não ser a falta de espaço, mas sim a falta de ações comerciais coordenadas.
 
As empresas perdem muito com tudo isso, principalmente quando percebem que o investimento realizado não será revertido em resultados. Alguns gestores, mesmo percebendo que o resultado não será o esperado, insistem no erro para não assumirem que falharam na etapa de planejamento. Ao se tomar uma decisão, ela deve ser racional e com o objetivo bem definido. Os critérios analisados devem permear pelo ambiente interno e externo, como o mercado, a empresa, sua visão de futuro e as questões particulares do negócio, além de analisar todos os possíveis cenários e riscos existentes, diminuindo assim as chances de obter um resultado inesperado.
Diante desse mercado cada vez mais competitivo, não é possível arcar com custos desnecessários, sejam eles de produção, manutenção ou distribuição, já que o objetivo de qualquer empresa é minimizar os custos e potencializar as receitas. Dessa forma, as decisões assertivas levam as empresas a serem mais competitivas e, principalmente, serem rentáveis.
 
Avalie se sua empresa está obtendo retorno do investimento realizado ou tem apenas alimentado alguns elefantes brancos. Se a resposta lhe surpreender, saiba que colaboradores, gestores e empresas perdem muito com tudo isso, pois a falta de planejamento gera retrabalho, desperdício de tempo, falta de recursos para investimento em algo que realmente faça diferença e até mesmo desmotivação dos colaboradores. Dedicando um pouco mais de tempo para planejar e tendo uma visão mais aberta é possível evitar grande parte do desperdício de recursos e esforço das pessoas. Pense nisso!
Redação Caput Consultoria

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