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Tempo de celebrar

Comemorar as vitórias alcançadas torna a vida mais completa e aprazível.

Para muita gente, o final do ano não serve apenas se estabelecer promessas ou resoluções sobre o que será feito ou não no ano novo que se aproxima. É um tempo especialmente dedicado para celebrar. Palavra que vem do latim “celebrare” e que significa festejar, comemorar com solenidade.

Desde os tempos remotos e nas diferentes civilizações o homem aprendeu a reservar um período de tempo para exaltar suas conquistas e desacelerar, compreendendo que elas o impulsionam para os novos ciclos de tempo que vêm logo adiante.

O ato de celebrar grandes e pequenas vitórias torna a vida mais completa e aprazível, além de fazer com que derrotas passageiras deixem de ser percebidas como catastróficas. Portanto, reunir-se com a família e amigos para as festas de fim de ano ou a qualquer tempo, além de ser altamente prazeroso, tem a capacidade de revigorar o ser humano para as batalhas que logo recomeçarão.

Nas empresas também é importantíssimo que o espírito de concelebração seja cultivado pelos líderes, pois confere significado coletivo a pessoas que muitas vezes se veem como habitantes de diferentes mundos e favorece um clima organizacional propício ao bom desempenho.

Relembrando uma rápida passagem, certa vez estava numa companhia conduzindo um curso quando subitamente percebi o alvoroço das pessoas durante o intervalo para café. Quando perguntei do que se tratava a alegria estampada em seus rostos, alguém respondeu: “Acho que batemos a meta anual, pois estão fazendo festa na diretoria. Só pode ser isto!” Os gestores ainda não haviam compreendido que concelebrar quer dizer, literalmente, celebrar com todos.

Mas, o que realmente vale a pena celebrar hoje em dia? Conta-se a história de um senhor idoso que cuidava de uma planta com tanto carinho e alegria que, após algum tempo, chamou a atenção de um jovem vizinho: “Que planta é esta que o senhor está cuidando?”, ele questionou.

“É uma jabuticabeira”, respondeu o idoso. “E quanto tempo ela demora para dar frutos?”, foi a outra pergunta. “Pelo menos uns quinze anos!”. Diante de tal explicação, o jovem não se conteve: “E o senhor espera viver tanto tempo assim?”. Sua réplica foi mais surpreendente ainda: “Não, não creio que viva mais tanto tempo, pois já estou no fim da minha jornada!”

“Então, qual vantagem leva com isso? Se vai demorar quinze anos para dar frutos, o senhor nem irá apreciar o gosto da jabuticaba!” E completou: “Está todo sujo, cansado e ainda terá que regar e cuidar de uma planta da qual nunca verá os frutos? Qual vantagem o senhor leva nisto tudo?”

“Nenhuma, a não ser a alegria de saber que estou no caminho certo, já que ninguém colheria jabuticabas e nem saberia como são saborosas se todos pensassem como você”, finalizou o senhor.

Os legados que foram (ou começaram a ser) construídos por você durante esse ano é que o orientarão para saber o que celebrar e em qual medida. Todavia, não esqueça de que mesmo que os frutos não estejam visíveis – como no caso da jabuticabeira –, é possível e necessário comemorar pequenos avanços conquistados, mesmo que de forma singela.

Pessoas que possuem o hábito de celebrar geralmente são bastante felizes e estão rodeadas de outros seres humanos, bem como são movidas pelo espírito de gratidão que as conduz a exteriorizarem sua alegria acerca daquilo que conquistaram. É por isso que não esquecem o aniversário de casamento ou mesmo do bichinho de estimação, sentem a necessidade de comemorar a nota alta do filho na escola e possuem inúmeros motivos para reunir outros junto a si.

Ao mesmo tempo, sabem que é preciso exercitá-la no presente, já que a frase “eu era feliz e nem sabia”, é própria de quem não cultiva o hábito de celebrar.

Wellington Moreira

Palestrante e consultor empresarial especialista em Formação de Lideranças, Desenvolvimento Gerencial e Gestão Estratégica, também é professor universitário em cursos de pós-graduação. Mestre em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é autor dos livros “Como desenvolver líderes de verdade” (Ed. Ideias e Letras), “Líder tático” e “O gerente intermediário” (ambos Ed. Qualitymark).

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