O exercício da liderança é, antes de mais nada, uma expressão de fé. E por que digo isso? Quando você se coloca em situações que exigem um líder de verdade à frente das coisas é comum surgirem dúvidas, incertezas e obstáculos que, inevitavelmente, colocam suas crenças à prova.
Nessas horas, a fé (seja ela religiosa, espiritual ou mesmo a confiança em um propósito maior) é que fornece uma base sólida para que você tome decisões difíceis, por exemplo. Sem essa conexão com algo maior do que você mesmo é difícil alcançar a clareza necessária para fazer escolhas que envolvem perdas e ganhos.
Além disso, a fé também desempenha um papel fundamental na resiliência dos líderes. O mundo dos negócios está repleto de desafios, reveses e momentos de dificuldade, que exigem determinação e perseverança. Alguém que costuma acreditar que dias melhores virão não esmorece diante de qualquer circunstância desanimadora.
A presença de fé em um líder também pode ser contagiante e inspiradora para as equipes que lideram. Ao comunicar seus valores e crenças, os líderes geralmente criam um senso de propósito compartilhado que une as pessoas em torno de objetivos comuns. A fé torna-se, assim, uma fonte de motivação interna, incentivando os membros da equipe a se dedicarem com paixão e entusiasmo.
Além disso, a fé pode ser a força motriz por trás da visão de um líder. Ao acreditar firmemente em uma causa ou objetivo, ele transmite essa convicção aos outros, inspirando-os a trabalhar juntos para alcançar algo significativo. Ou seja, a visão de um líder fundamentada na fé gera uma atmosfera de positividade e esperança, impulsionando a equipe na direção certa.
A fé também repercute no comportamento ético, pois o líder se sente impelido a cultivar virtudes como compaixão, honestidade, justiça e ousadia ao abordar os desafios cotidianos. E seu agir impacta todo mundo ao redor, com o passar do tempo.
No entanto, a fé deve ser vivenciada de maneira inclusiva e respeitosa. A diversidade de crenças e valores deve ser considerada positiva dentro das equipes, garantindo que a fé não se torne uma fonte de discórdia ou segregação.
Pode prestar atenção: todos os grandes líderes que você conhece e admira são pessoas de uma profunda fé. Eles acreditam nos homens, nas organizações, na sociedade e, especialmente, em tempos melhores. Em vez de se refugiarem em seus medos, eles preferem seguir em frente.
Como Marcelo Falcão e Tom Saboia escreveram na música Anjos, de O Rappa: “Ninguém vai te escutar se não tem fé… Ninguém mais vai te ver”.
Pense nisso!