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Mitos e verdades sobre a motivação humana

Wellington Moreira escreve a respeito deste tema tão debatido nas organizações.

A motivação humana é um dos assuntos que mais inspiraram teorias acadêmicas nas últimas décadas e matéria principal de inúmeras palestras, conferências e apresentações realizadas em eventos empresariais. No entanto, como muitas pessoas ainda conservam uma série de dúvidas sobre como se dá o processo motivacional no trabalho, seguem algumas perguntas e respostas sobre o tema.

1) O que é Motivação?
Motivação é uma palavra que vem do latim “movere” (motor) e diz respeito à energia que alguém despende para atingir aspirações, desejos, desafios e necessidades individuais. Portanto, a motivação é interna e pode-se afirmar que ninguém possui a capacidade de motivar outra pessoa, mas apenas exercer influência positiva (inspirando e incentivando) ou negativa (coerção e ameaças diversas). Todavia, se não é possível motivar um ser humano, certamente se pode desmotivá-lo. E é por isto que tantas pessoas produzem menos do que deveriam quando não cultivam um bom relacionamento com o seu gestor imediato, por exemplo.

2) Geralmente, quais são as principais motivações de uma pessoa no trabalho?
Realização pessoal, reconhecimento, segurança, perspectivas de futuro e um bom clima organizacional são cinco fatores que influenciam consideravelmente a motivação humana no trabalho. Primeiro, as pessoas não querem mais apenas desempenhar tarefas que devem ser realizadas, elas almejam construir algo valioso e, se possível, deixarem um legado para as futuras gerações. Ao mesmo tempo, esperam que seus pares e gestores reconheçam os esforços e competência que aplicam na empresa, isto é, são movidos pelo apreço e prestígio que recebem das outras pessoas com as quais interagem. Também se sentem inspirados a oferecerem o melhor quando a organização lhes confere segurança e isto explica porque empresas em crise e propensas a demitir ficam inundadas de profissionais pouco produtivos. O que também motiva muita gente é saber que há perspectivas futuras de crescimento na organização e, por fim, trabalharem num lugar que contribui para o seu aprendizado e ao lado de pessoas que respeitam e admiram.

3) Como a empresa pode ajudar seus funcionários a se manterem motivados?
Dando condições para que os fatores motivadores elencados logo acima façam parte do dia-a-dia das pessoas que lá trabalham.

4) Mas, e o dinheiro, não é um fator motivador?
É, mas diferentemente dos itens acima, seus efeitos são de curto prazo. Explicando melhor: um bom salário pode manter uma pessoa trabalhando vários anos num lugar, mas isto não quer dizer que ela continuará motivada durante o período, como ocorre com milhares de profissionais que são servidores públicos e encontram-se totalmente desmotivados. Pesquisas indicam que três meses após o aumento de salário, o profissional já não vê tal acréscimo como benéfico, pois “adapta-se” à nova remuneração. O que continua a motivá-lo é saber que seus esforços foram reconhecidos na forma de um aumento salarial, bem como a existência dos demais fatores de motivação.

5) Como saber se uma pessoa está motivada ou apenas é otimista em tudo o que faz?
Esta pergunta tem uma resposta simples. Se o profissional possui metas e tarefas específicas que demonstram o seu interesse em realizar determinado objetivo, certamente está motivado. O principal problema do otimista é que ele não externaliza em ações aquilo que suas palavras procuram transmitir.
Por conseguinte, são as conquistas pessoais que melhor revelam quão motivada é uma pessoa e não sua capacidade de gritar palavras de incentivo ou fazer discursos inflamados. Pense nisto!

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