A comunicação sempre foi a base do relacionamento humano e é responsável pela difusão de experiências, informações e ideias desde a Antiguidade, quando as formas de interação eram orais e gestuais, mas perdiam-se com o tempo e não alcançavam longas distâncias. Limitações que motivaram o homem a fazer uso de desenhos e, mais tarde, da escrita.
Com o passar do tempo e adquirindo um sentido mais amplo, foi necessário aperfeiçoar ainda mais os canais de comunicação, principalmente no ambiente empresarial onde ela é a base de tudo e, portanto, decisiva no relacionamento com o mercado. O grande problema é que muitas vezes as empresas se preocupam tanto em comunicar-se com seus consumidores e esquecem de que os clientes internos também precisam obter acesso à informação, independentemente do cargo que ocupam. Afinal de contas, é sempre melhor que todos os colaboradores da organização sejam orientados por meio de um canal oficial do que propagarem informações imprecisas e distorcidas através do que chamamos “rádio-peão”.
Surge então a comunicação interna como meio de relacionamento entre empresa e colaboradores, mas para ela ser eficaz é necessário que se revele clara e transmita aos clientes internos subsídios que a organização julga imprescindíveis. Ao mesmo tempo, também é importante que tenha a capacidade de repercutir diretamente em seu trabalho, como é o caso dos comunicados que indicam mudanças operacionais, resultados da empresa, eventos culturais, treinamentos e até mesmo um espaço para os próprios colaboradores publicarem outras informações de seu interesse.
Nas organizações, é comum que a área de Recursos Humanos esteja à frente do processo de comunicação, contudo todos os departamentos devem estar envolvidos, já que as informações compartilhadas são de interesse da empresa, não de um setor específico. Por conseguinte, a companhia deve estimular cada área a contribuir com seus canais e permanecer aberta e preparada para ouvir o colaborador. Assim eles saberão que são importantes, o que certamente os motivará a participarem ainda mais.
Como se pode depreender, em alguns casos a comunicação interna tem ficado em segundo plano nas organizações devido à pouca importância dada a ela. Quando esse conceito é compreendido e trabalhado de forma coerente, o processo comunicacional fica mais transparente, democrático e participativo, requisitos vitais para o desenvolvimento e sobrevivência das companhias.
Todavia, os canais de comunicação não devem ser utilizados apenas por grandes corporações. As pequenas empresas podem e devem implantar ferramentas simples e que contribuam para a integração de todos. A grande dificuldade é desenvolver nas pessoas a cultura de buscar informações através desses meios, pois nem sempre os colaboradores estarão dispostos a acompanhar um quadro de avisos ou ler um informativo. Por isto, é necessário despertar nas pessoas uma postura proativa, enfatizando sua importância.
Um ambiente no qual impera comunicação clara e aberta contribui para o desenvolvimento organizacional e estimula as pessoas a participarem ativamente dos processos de mudança como protagonistas dos mesmos.