Estudo realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI), Organização Pan-americana de Saúde (Opas), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e Ministério da Saúde apontou que 41% dos trabalhadores brasileiros apresentam sintomas de pré-hipertensão e 50% dos profissionais está com o peso acima do ideal. Falando claramente: muita gente que trabalha está na corda bamba.
Com início em 2003, o levantamento foi apresentado durante o II Simpósio Nacional de Hipertensão Arterial da SBC, em Maceió, e revelou também que a obesidade atinge 15% dos trabalhadores. Do total da classe operária nacional, 27% são hipertensos e 16% tabagistas. O sedentarismo atinge 15%; níveis elevados de colesterol foram detectados em 8,5%; e 2% são diabéticos.
Por outro lado, o relatório também traz boas e celebradas notícias. A prática de atividade física intensa já é encarada como um hábito por 57% dos trabalhadores; 84% apresentam níveis ótimos de glicemia; 71% têm colesterol normal; 64% nunca fumaram; 51% são abstêmios; e 39% possuem pressão arterial normal.
A intenção do SESI e seus parceiros foi identificar o perfil epidemiológico em relação a doenças não-transmissíveis com o objetivo de estudar e propor medidas para reduzir e prevenir os agravos à saúde do trabalhador da indústria. Pouco mais de 5 mil trabalhadores foram acompanhados por especialistas durante quase dois anos numa amostra representativa do universo dos empregados no país e entre as conclusões do estudo, uma delas pede atenção especial.
Através destes números, agora fica fácil compreender que uma maior produtividade das empresas – e, conseqüentemente, alcance de resultados – não será possível se, antes, os profissionais permanecerem fiéis a um quadro diário de estresse, pressão exagerada, ausência de perspectivas e desmotivação para mudar.
Como a grande maioria das pessoas, também acredito que toda empresa seria diferente se os profissionais não se irritassem por qualquer bobeira, tivessem relacionamentos saudáveis e uma alimentação balanceada, mas também acredito que não dá para ficar esperando que todo mundo aja neste sentido.
Da próxima vez que sua consciência disser que está “desanimado”, pratique seu esporte predileto, coma algo saudável e tenha uma boa noite de sono, pois como diria Guilherme Arantes: “Amanhã será um lindo dia da mais louca alegria que se possa imaginar! Amanhã redobrada a força pra cima que não cessa, há de vingar”.
Sim, cada vez mais somos exigidos a trabalhar horas e horas em atividades intelectuais, mas a energia para tanta concentração e criatividade vem daquilo que você retira do seu corpo. O que você tem depositado para depois extrair? Vale a reflexão.
