Incerteza. Complexidade. Ambiguidade. Estas três palavras resumem bem o cenário que os líderes das empresas têm pela frente. O ano que passou foi duro e até traumático para algumas organizações, afetadas pela crise econômica.
Por isso, os gestores que “sobreviveram” à turbulência têm a missão de reverter o quadro ruim, motivar suas equipes e ajudar as empresas a crescerem.
Seus líderes estão preparados para isso? Para te ajudar a responder essa pergunta vamos entender primeiro o que significam as três palavras que deram início a esse post:
– Incerteza:
Temos sido obrigados a tomar decisões cotidianas de alto impacto sem saber se o caminho escolhido realmente é o melhor e tampouco tendo segurança sobre o que o futuro nos reserva. Ou seja, é cada vez mais comum a sensação de que “jogamos dados com o acaso” nos momentos de turbulência.
– Complexidade:
Algumas vezes somos convidados a agir diante de situações nas quais é difícil até mesmo compreender o que de fato está acontecendo. E é claro, se não conseguimos nem determinar o problema, como vamos encontrar uma solução para ele?
– Ambiguidade:
Na maior parte das crises, as empresas se veem obrigadas a adotar táticas e estratégias que não cogitavam até pouco tempo atrás, como é o caso de quem decide explorar um novo mercado que ainda ontem era tido como pouco atraente. Mudanças que causam grande confusão e levam as pessoas a questionar: “Peraí, vamos ter de fazer isto mesmo?”
Algumas organizações terão mais facilidade para enfrentar essa realidade do que outras. Companhias que valorizam a conformidade, a rotina, um processo bem definido e “engessado”, por exemplo, certamente sofrerão mais do que aquelas que são inovadoras e criativas. No caso das primeiras, é importante destacar que o momento pode ser “aproveitado” para readequar a cultura organizacional, desenvolver novas vantagens competitivas e se preparar para os mais diferentes desafios que ainda virão.
Agora que você já sabe que as características da sua empresa podem influenciar no enfrentamento da “turbulência”, vamos descobrir se seus líderes estão preparados para superar crises respondendo a duas perguntinhas básicas.
1) Eles têm visão de curto e longo prazo?
O mercado tem valorizado hoje gestores “apaga-fogo” – aqueles com visão apenas de curto prazo, que resolvem os problemas emergenciais –, mas o que as empresas realmente precisam é de profissionais capazes de lidar com tarefas de curto e longo prazo. Isso porque o ambiente de incerteza e complexidade será perene. Liderar não se resume mais em ou ser estratégico – saber o que fazer no futuro – ou ser tático – saber como fazer agora. É preciso ser os dois ao mesmo tempo.
2) Eles atuam para dentro e para fora da empresa?
Daqui pra frente, os líderes terão que atuar tanto dentro quanto fora das empresas. Liderar para dentro significa “cuidar do próprio quintal”, aquilo que fazemos ao gerenciar os processos e conduzir as pessoas do time. Já a liderança para fora significa o esforço de “enfrentar o labirinto” e tudo o que está fora da nossa zona de controle, como ocorre àqueles que observam as tendências do mercado de perto, entendem as reais necessidades dos clientes e acompanham cada passo da concorrência. Olhar para dentro, portanto, não é mais um papel só dos gestores da área administrativa ou operacional, nem cabe apenas aos líderes do departamento comercial ver o que está acontecendo fora das fronteiras da empresa.
Mudança
Crises exigem profundas mudanças nas empresas, a diferença é que algumas se veem obrigadas a implantá-las para sobreviver e outras querem aproveitar as janelas de oportunidades que acabaram de se abrir.
Em comum, todas precisam encontrar formas de garantir que os líderes sejam competentes de verdade. Isto é, seus dirigentes tenham a capacidade de resolver os problemas que afetam o agora sem esquecerem de dedicar tempo para aquilo que garantirá o futuro da empresa e, ao mesmo tempo, que apreciem manter a casa em ordem, mas também se preocupem com o que acontece no mercado em tempo real.
Como tem sido a postura de seus líderes diante do cenário econômico incerto deste ano?