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Como utilizar o Role Play no desenvolvimento de líderes

Técnica de aprendizagem é muito eficaz, porque é vivencial e cobra dos participantes reflexões sobre como eles “atuam no palco” do dia a dia
role play
O Role Play consiste na encenação, por duas ou mais pessoas, de um problema ou situação da rotina empresarial

O uso de jogos e dinâmicas que simulam a realidade é muito comum em treinamentos dentro das corporações. Tais atividades, práticas e geralmente lúdicas, fazem com que os participantes aprendam novas habilidades e reconheçam pontos que precisam melhorar. Uma técnica vivencial bastante eficaz e que pode contribuir muito para o Programa de Desenvolvimento de Líderes da sua companhia é o Role Play – em português, dramatização ou interpretação de papéis.

A técnica consiste na encenação, por duas ou mais pessoas, de um problema ou situação da rotina empresarial. A espontaneidade é a principal característica do jogo, pois ajuda a resgatar nos participantes a criatividade. É importante que o facilitador distribua os papéis, estabeleça as regras, delimite um tempo e espaço e, quando possível, crie um cenário para trazer o ambiente e o clima o mais próximos possível da realidade.

O Role Play foi criado por Jacob Levy Moreno. Para diferenciar a técnica do teatro, ele explica que o ato de representar não tem o mesmo sentido da performance nos palcos, já que “os atores não são atores, mas pessoas reais e não ‘atuam’ mas ‘apresentam’ os seus próprios ‘eus’”. Num ambiente informal, os participantes têm a chance de experimentar e “ensaiar” competências importantes para o trabalho que desenvolvem como gestores. O jogo facilita a comunicação e despersonaliza os problemas do dia a dia dentro do grupo.

Vamos pensar, então, em alguns exemplos de aplicação da técnica do Role Play. Ela pode ser usada para treinar os seus líderes a conduzirem melhor entrevistas de emprego, ao colocá-los no papel de entrevistadores, fazê-los simular perguntas e enfrentar diferentes situações que podem ocorrer numa tarefa dessa natureza. Também é possível capacitá-los para encarar negociações difíceis se tiverem de lidar com algum tipo de “saia justa” que exija deles habilidades de persuasão, autocontrole e conhecimento do negócio, por exemplo.

Portanto, o leque de possibilidades para aplicar o Role Play dentro do Programa de Desenvolvimento de Líderes da sua empresa é imenso se vocês contarem com um facilitador (geralmente consultor) capacitado para direcionar a atividade e extrair aprendizados úteis para a rotina dos participantes.

Outra dica é filmar a encenação para que todos possam ver como se saíram e dizer o que fariam de diferente se tivessem uma segunda chance. O facilitador, neste momento, faz seus apontamentos e se considerar oportuno, pode até convidar os treinandos a refazer o exercício ocupando diferentes papéis.

Em resumo, o Role Play é uma técnica de aprendizagem muito eficaz, porque é vivencial e cobra dos participantes reflexões sobre como eles “atuam no palco” do dia a dia e quais comportamentos precisam mudar no curto prazo. Se nos métodos de aprendizagem tradicionais os alunos costumam ter um papel passivo, no Role Play os participantes são atores protagonistas do seu próprio processo de desenvolvimento.

Que tal criar um cenário e distribuir papéis entre seus líderes?

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