Se você quer que o seu negócio prospere de verdade é preciso contar com as pessoas certas. Ainda mais se está à frente de uma equipe de trabalho que tem você e somente outros dois ou três colaboradores.
Uma realidade que, aliás, é comum até nas grandes empresas. Apesar de centenas de pessoas trabalharem nesses lugares, as equipes setoriais são compostas por quatro pessoas, em média. Ou seja, um único colaborador fora de sintonia pode fazer um estrago e tanto.
Alguns anos atrás, eu frequentei uma academia de ginástica na qual era orientado por uma professora experiente, mas desmotivada com o trabalho. Alguém que não fazia questão de esconder de ninguém que queria se ver longe dali.
É claro que isso se refletia diretamente na satisfação dos clientes. Os treinos eram arrastados, previsíveis e sem o tipo de suporte necessário. Só não saí de lá na época porque acreditava no método da academia, enxergava alguns resultados (apesar dos problemas relatados) e confiava em quem estava à frente do negócio.
Estou contando essa história por causa da reviravolta que aconteceu após a chegada de uma pessoa que foi contratada para ajudar a professora titular no dia a dia. Um simples estagiário (ainda cursando Educação Física), que transformou o lugar em duas semanas, sem que ninguém precisasse ser demitido.
Ele ajudou a implantar treinos mais dinâmicos, melhorou o clima do lugar (que era pesado até então), deu o tipo de atenção individual que tanto ansiávamos e, principalmente, ajudou a recuperar o entusiasmo da professora titular sem que ela se sentisse ameaçada por aquele novato.
Analisando o caso concreto, o proprietário da academia fez a parte dele ao contratar o tipo de pessoa que realmente tinha as competências necessárias para mudar o jeito como as coisas eram feitas por lá. Ponto para ele.
A professora, por sua vez, foi capaz de se reinventar admiravelmente. Apresentou um nível de resiliência que muita gente só consegue quando muda de emprego. De uma hora para outra, tornou-se alguém acessível, solícita, interessada. Ponto para ela.
Já o jovem estagiário percebeu que podia fazer a diferença no lugar e não esperou que alguém lhe desse espaço – ele simplesmente o criou. Não teve medo de colocar a sua marca logo de cara. E o principal: tinha talento para fazer acontecer. Ponto para ele.
Então, fica a dica: uma pessoa nova pode ser suficiente para transformar a sua organização e ainda recuperar o gás de quem, por ventura, esteja com a “bola murcha” no momento. E essa pessoa não precisa ser, necessariamente, um novo diretor ou gerente que fez carreira em empresa multinacional. Pode ser, inclusive, um estagiário.
A única exigência é que ele traga o frescor que todos necessitam no momento e seja alguém hábil para lidar com quem já trabalha na companhia. Pense nisso!