A técnica dos 5 Porquês nasceu dentro da montadora japonesa Toyota na década de 1970 com o intuito de facilitar a melhoria dos seus processos internos e rapidamente foi incorporada mundo afora. A ideia básica é: após você definir o problema que precisa ser atacado, questione o porquê das coisas cinco vezes até chegar à verdadeira causa-raiz.
Um dos exemplos mais didáticos que se tem do emprego dos 5 Porquês aconteceu na hora em que as autoridades norte-americanas procuraram investigar por que o monumento de Abraham Lincoln, em Washington, estava se deteriorando mais rápido do que qualquer outro monumento da cidade.
Ao perguntarem o primeiro porquê, descobriram que o motivo principal é que a obra era limpa com mais frequência do que os demais monumentos. Foi então que alguém decidiu formular: “Por que precisamos cuidar desse monumento de uma forma diferente dos demais?” E a resposta surgiu: os dejetos dos pássaros tornavam o local muito fétido se não fossem limpos rapidamente.
Mas, por que isso acontecia? Havia mais pássaros em volta dele do que em qualquer outro local com estátuas a céu aberto. E, investigando mais fundo, logo se descobriu que ao redor do monumento viviam muitos insetos, alimento preferido dos pássaros.
E, mais uma vez, questionando-se por que havia tantos insetos naquele lugar, os investigadores descobriram que a lâmpada que iluminava o monumento de Abraham Lincoln atraía os insetos e era diferente das outras utilizadas nas demais praças públicas da cidade.
Essa história nos ensina a importância de irmos em busca da causa fundamental das coisas. Quando a lâmpada foi trocada, o problema simplesmente acabou.
Porém, se os investigadores não tivessem avançado até o quinto “Por quê?”, é bem provável que teriam sido adotadas ações puramente paliativas, como:
- Redução da frequência de limpeza, mantendo o monumento sujo;
- Alteração do produto de limpeza utilizado;
- Colocação de algum espantalho para afastar os pássaros; ou
- Aplicação de um inseticida para eliminar os insetos.
Quando estiver diante de um problema, vá em busca da causa-raiz. Ou seja, a cada possível causa levantada pergunte “Por que isso acontece?”, seguindo até o quinto “Por quê?” ou, pelo menos, até o momento em que não for possível obter mais respostas.
O cinco não é um número mágico. Podem ser três porquês ou oito porquês. A ideia-chave é que não podemos nos acomodar com a primeira resposta de qual é o problema que precisa ser atacado em sua empresa. Ou, então, inevitavelmente buscaremos soluções que não estancam nossos problemas.
Portanto, como você saberá quando chegou até o último “por quê”? No momento em que você implementar a solução proposta e o problema não voltar a se repetir. Caso contrário, lamento, mas você ainda precisa descobrir o problema real.