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A transição de aprendiz a mestre

Uma hora ou outra é preciso amadurecer, apesar de o papel de eterno aprendiz ser atraente e confortável.

A transição de aprendiz a mestreA transição de aprendiz a mestre é um marco significativo na carreira de qualquer pessoa. No entanto, muita gente resiste a dar esse importante passo em seu processo de amadurecimento, preferindo permanecer na posição confortável de aluno.

Um exemplo é o daquele profissional que começa a trabalhar em uma nova empresa nutrindo grandes expectativas, mas depois de menos de um mês parece frustrado com o tanto de coisas que precisam ser feitas e a incompetência gerencial ali instalada. Neste caso, ou ele assume a missão de professor ou vai querer abandonar o barco.

O papel de aprendiz é muito confortável, ainda mais se você atuou boa parte da sua carreira em empresas que não medem esforços para desenvolver seus colaboradores. Aquele tipo de companhia na qual alguém diz que precisa obter uma certificação em Metodologias Ágeis e a inscrição no curso badalado está liberada no dia seguinte.

Eu conheci várias pessoas com mais de 50 anos de idade que se orgulham de ser “estudantes profissionais”. Isto é, com inúmeras formações no currículo acadêmico e nenhum trabalho efetivo ao longo de décadas. Algumas delas permaneciam na bolha por serem movidas pelo medo do julgamento, outras pela insegurança sobre as próprias habilidades, também tinha gente que adorava se manter como uma eterna promessa e por aí vai.

A nossa sociedade enfatiza a busca incessante pelo conhecimento, mas negligencia a importância vital de compartilhá-lo. Talvez você realmente precise fazer uma pós-graduação ou conquistar uma nova certificação para melhorar seu currículo. E, em contrapartida, talvez lhe falte apenas comunicar a terceiros aquilo que sabe.

Recordemos o ensinamento de Aristóteles: 

O conhecimento é a única riqueza que quando é dividida automaticamente se multiplica”.

Nós sempre aprendemos algo de relevante quando nos damos a oportunidade de ensinar outras pessoas.

Você sabe que fez a transição de aluno para professor quando costuma dedicar parte do seu tempo a orientar colegas, aprecia conduzir treinamentos internos, é mentor de jovens profissionais que acabaram de ingressar na companhia ou então faz de tudo para disseminar práticas de gestão que aprendeu fora da empresa.

O exercício do papel de mestre é um ato de generosidade intelectual sim, mas também um dos principais sinais de que você decidiu evoluir como ser humano. Aqueles que resistem a esse chamado não perdem apenas a oportunidade de contribuir com o desenvolvimento de outras pessoas no lugar onde trabalham. Eles também deixam de ser melhores cidadãos.

Pense nisso!

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