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Líderes também são semeadores de esperança

A virtude que costuma diferenciar líderes extraordinários dos meramente competentes

Existem vários papéis que precisamos cumprir quando estamos à frente de uma equipe de trabalho. Um dos mais cruciais é o de semear esperança. Mas o que isso significa, exatamente?

Quando os liderados acreditam que não conseguem dar conta de um projeto de grande complexidade, é hora de encorajá-los a tentar novamente. Nos momentos em que surge um problema aparentemente intransponível, saiba que seu time precisa de orientação, apoio e um líder inspirador. E quando alguém está com a autoconfiança em baixa, uma conversa tête-à-tête assertiva pode mudar o ânimo do colaborador quase que instantaneamente.

Porém, espalhar esperança não é algo que faz parte do repertório de certos gestores. E por quê? Ninguém dá aquilo que não tem. É só observá-los para ver que estão desesperançados. Em vez de uma atitude positiva frente às dificuldades, facilmente se desanimam, adotam o pessimismo ou até mesmo caem em desespero.

A esperança não é uma qualidade superficial; ela é profunda e multifacetada, pois se manifesta apenas quando você decide enxergar além dos desafios imediatos. Ou seja, líderes que semeiam esperança são pessoas que, antes de mais nada, preferem focar as oportunidades em vez de lamentar as dificuldades.

“Nenhum ser humano consegue ignorar a presença de alguém que tem fé na vida e na capacidade de realização do ser humano”.
Wellington Moreira, consultor empresarial

Vamos considerar um exemplo real. Muhammad Yunus, fundador do Grameen Bank e laureado com o Prêmio Nobel da Paz, revolucionou o sistema bancário em Bangladesh ao oferecer microcréditos para os mais pobres. Sua abordagem inovadora deu esperança a milhões de pessoas, permitindo-lhes melhorar suas vidas através de pequenos empréstimos.

Outro exemplo notável é o de Zilda Arns que, ao fundar a Pastoral da Criança em 1983, implementou programas sociais que reduziram significativamente a mortalidade infantil no país ao promover o aleitamento materno e a educação em saúde junto à população mais carente. Além, é claro, de inspirar um movimento de voluntariado comunitário que se espalhou internacionalmente.

Também é o caso do diretor que observa funcionários preocupados com o futuro da empresa diante de uma reestruturação e passa a realizar encontros regulares com o time para compartilhar o plano estratégico da companhia. Ao mostrar confiança no futuro e convidar as pessoas para “jogar junto”, ele semeia esperança e ainda fortalece o engajamento da equipe.

O comediante norte-americano Bob Hope tinha uma máxima que dizia:

 A esperança é contagiosa. Quando um líder transmite esperança, ele contagia a todos ao seu redor”.

Digo mais: nenhum ser humano consegue ignorar a presença de alguém que tem fé na vida e na capacidade de realização do ser humano.

Cultivar esperança por onde passa é o que diferencia líderes extraordinários dos meramente competentes. É o que transforma grupos de pessoas em equipes coesas, determinadas e bem-sucedidas.

Ouça a entrevista sobre esse mesmo assunto que fizemos na coluna da rádio CBN:

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