Muita gente não quer nem ouvir falar de liderança porque existe um preço a pagar sempre que nos colocamos à frente das coisas. Mas que preço é exatamente este?
Visibilidade permanente. As pessoas costumam observar com atenção aquilo que seus líderes fazem e dizem, exigindo um estado de prontidão e coerência que, para alguns gestores, é algo exaustivo demais. Como escutei certa vez: “Eu simplesmente gostaria de não ser notado”.
Decisões difíceis. Ao ocupar um papel de liderança você se depara com a necessidade de fazer escolhas complicadas, com grandes chances de cometer os mais diferentes tipos de erros. E uma boa parcela dos profissionais não suporta conviver com tamanha sensação de vulnerabilidade.
Intenções mal-interpretadas. Às vezes, o líder tem uma atitude pensando em ajudar as pessoas e elas entendem exatamente o contrário. Como ocorre quando estabelece metas ousadas afim de desafiar o time, porém seus membros se sentem punidos com esta atitude.
Momentos de solidão. Mesmo havendo muita gente que trabalha ao seu lado no dia a dia, você se sentirá só sempre que o peso da responsabilidade for grande e não puder dividi-lo com a equipe sob o risco de minar a confiança e a determinação dos liderados.
Sacrifício pessoal. Pelo menos durante algum tempo, você se verá trabalhando mais horas do que gostaria, dormirá pensando nos problemas que precisam ser resolvidos no dia seguinte e vai sentir que não está conseguindo equilibrar trabalho e vida pessoal.
E por que, então, um grande número de pessoas abraça a liderança, apesar de tudo isso acima? É que existem inúmeros bônus, como, por exemplo:
1) Potencial de fazer a diferença. Ao aceitar um papel de liderança você se coloca dentro de campo – e jogando (em vez de contentar em ser um simples torcedor). Ou seja, aceita o protagonismo de mudar para melhor a companhia aonde trabalha.
2) Autonomia para tomar decisões. Ainda que você não tenha poder para fazer tudo o que quiser, sabe que a sua posição como gestor lhe confere espaço de sobra para realizar muito mais do que se continuasse a ser um mero executor operacional.
3) Impacto positivo sobre os outros. Agindo como um bom líder, você vai inspirar as pessoas a entregarem o melhor que elas podem e também servirá como o farol que precisam para se manterem motivadas, independente das circunstâncias.
4) Novos horizontes de carreira. Ainda que a remuneração nem sempre seja atrativa em um primeiro cargo de liderança, as suas perspectivas profissionais crescem logo que vivencia responsabilidades de gestão.
5) Você aprende muito. Papéis de liderança exigem que você atue fora da zona de conforto, testando a sua capacidade de absorver novas formas de fazer as coisas. E este é um bônus que você leva para todas as demais dimensões da vida.
Sim, existe um preço a pagar quando você decide ser alguém influente. Em contrapartida, talvez seja o principal investimento que você deve fazer em sua vida a partir de agora.
Pense nisso!
Ouça a entrevista sobre esse mesmo assunto que fizemos na coluna da rádio CBN: