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As bases do comprometimento no trabalho

O engajamento dos colaboradores é possível e depende de poucos, mas importantes fatores.

Madre Teresa de Calcutá foi uma das principais personalidades do século XX e, mesmo assim, muitas histórias sobre a sua vida começaram a ser reveladas com o merecido destaque só agora. Conta-se, por exemplo, que um empresário bem-sucedido quis conhecê-la e foi até o hospital indiano onde a freira estava a fim de saber como ela atraía pessoas para trabalhar de graça em suas obras de caridade.

Chegando lá, ele foi informado pela recepcionista de que poderia encontrá-la em uma determinada ala, junto a enfermos de moléstias gravíssimas. Com receio de quais males seriam estes, o empresário vestiu os equipamentos de proteção e, ao aproximar-se de Madre Teresa, viu que a freira estava ajoelhada cuidando das feridas de um pobre homem, que sentia muito dor.

O empresário ficou surpreso com a cena. Mesmo já considerada uma líder mundial e em idade avançada, ela ainda cuidava diretamente dos doentes. “Cadê a equipe de trabalho que a segue?”, logo pensou. Mas, permaneceu em silêncio acompanhando tudo o que acontecia.

Assim que a freira atendeu o doente, apresentou-se e comentou: “O seu trabalho é admirável e é por isso que eu quis vir conhecê-la, mas eu não me submeteria a um trabalho assim por dinheiro algum”. Ao que ela respondeu: “Nem eu”.

Essa história nos lembra que o verdadeiro comprometimento não é algo que depende do contracheque que a pessoa recebe no fim do mês, ainda que a motivação financeira fale alto para ela. Uma profunda conexão com o trabalho é algo que damos de graça.

As recompensas financeiras têm sua importância sim, mas não se pode acreditar que elas são remédio para tudo. Muitas empresas costumam gratificar as pessoas sempre que necessitam de um esforço adicional, porém a consequência negativa é que seus colaboradores acabam se tornando ainda menos compromissados. Até o ponto em que, se você pedir qualquer coisa a mais, é comum escutar o questionamento: “Tá, mas o que eu ganho com isso?”

A falta de clareza quanto à visão de futuro é outro grave problema. Quer um exemplo simples? São pouquíssimas as companhias nas quais todos – ou, pelo menos, mais de 50% dos funcionários – sabem qual a grande meta que a empresa tem de alcançar no presente ano.

Quando as pessoas têm ideia de para onde devem ir seu trabalho começa a ganhar sentido e não ficam contando as horas na expectativa de que o dia acabe logo. Mais ainda: enxergam perspectivas de carreira por ali mesmo.

Também não podemos esquecer que o comprometimento individual do colaborador depende do tipo de relação que ele mantém com o líder direto. Como a Gallup revelou alguns anos atrás em uma ampla pesquisa, dois terços das pessoas que pedem para sair estão se desligando do chefe e não da empresa. É aquela velha história: “Já que ele não vai embora, então eu vou…”

Se você tem uma boa relação com o seu gestor, sabe para onde a empresa caminha, consegue se imaginar trabalhando na mesma companhia daqui a quatro ou cinco anos e ainda percebe que seu esforço é reconhecido pela direção, isso explica porque você é tão comprometido com aquilo que faz.

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