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Interferir: o seu principal papel na gestão de uma empresa

Você só gerencia de verdade quando a forma como atua afeta positivamente os resultados do negócio.

Interferir: o seu principal papel na gestão de uma empresaQuando o assunto é gerenciamento, alguns verbos nos ajudam a explicá-lo. Planejar, administrar, controlar, monitorar e executar, por exemplo. No entanto, se você procura uma definição precisa, creio que a melhor seja esta: gerenciar é interferir nos resultados.

De acordo com o dicionário, interferir é tomar parte de algo com a intenção de influir no seu desenvolvimento e desfecho. Resumindo, assim que você mexe os pauzinhos – ainda que indiretamente –, alguma coisa acontece.

A capacidade de gerenciar com eficácia é muito importante para qualquer pessoa que é responsável  resultados de uma equipe de trabalho, projeto ou empresa. Seja ela líder formal na estrutura corporativa ou não. Aliás, cada vez mais encontramos gente que muda os rumos das suas companhias para melhor sem terem cargos de gestão.

Interferir corretamente

Por outro lado, atuando como consultor de empresas, muitas vezes vejo que as coisas não acontecem nas organizações porque quem pode – ou deve – agir, não interfere suficientemente. Ou, pior, fica esperando outro profissional realizar o trabalho que lhe cabe.

Procurando evitar esse tipo de problema, eu costumo indagar às pessoas se aquilo que estão fazendo, realmente vai produzir os resultados que almejam. Um gestor da área comercial, com números aquém das expectativas, recentemente me disse: “A principal ação que eu promovi nas duas últimas semanas para fomentar as vendas nesse mês foi um café da manhã para meus cinco colaboradores”. Apesar de bem-intencionado, não é esse tipo de interferência que mudará os resultados da área dele. Pode confiar no meu diagnóstico.

 

Outra coisa importante: se você almeja ser alguém que provoca impacto no trabalho, não perca a oportunidade de interferir nas coisas que rolam em outras esferas. Imagine que acaba de chegar à igreja que frequenta e logo percebe que um cachorro de rua entra no templo. Alguns minutos depois, o animal começa a latir, incomodando os fiéis presentes. Nessa hora você se levanta para retirar o cachorro ou permanece, como a maior parte das pessoas, pensando: “Por que ninguém afasta esse animal daqui? Será que não percebem que ele está atrapalhando a celebração?”

Não queira controlar tudo

Quem se habituou a pensar “Isso não está ao meu alcance” acredita que a maior parte das coisas que ocorrem em sua vida não são gerenciáveis. Mas esse pensamento é equivocado. Mesmo quando não temos a “caneta” para modificar os resultados diretamente, ainda temos a possibilidade de interferir ao influenciarmos quem detém o poder de decisão, por exemplo.

Anos atrás li em algum lugar que existem dois tipos de pessoas: aquelas que pedem permissão para agir e aquelas que preferem pedir desculpas quando erram. Não tenho dúvida de que seres humanos que transformam o mundo estão no segundo grupo, pois não ficam contando com a sorte ou a sagacidade de terceiros. Interferem mesmo, ainda que tenham de transpor os limites da sua competência de vez em quando.

Como recomendação, tome apenas dois cuidados. Primeiro, não queira controlar tudo tão de perto a ponto de microgerenciar seus liderados. Esse tipo de interferência mata a motivação deles. E, como diz um amigo, também evite ser abelhudo, invadindo o espaço dos outros quando o resultado do trabalho deles não afeta o seu. Essa postura não é bem vista em lugar algum.

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