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Por que alguns líderes não evoluem, apesar de bem treinados?

Alguns profissionais, mesmo que tecnicamente capacitados, não se saem bem em posições de liderança. Listamos algumas razões para isso; veja se é o caso do seu gestor
lider ineficaz
Líderes que não evoluem representam grandes prejuízos para as empresas. Mas elas próprias podem ter errado na escolha

“Eu já investi muito nele ao longo dos dois últimos anos: forneci treinamentos de liderança, acompanhei o trabalho de perto e dei feedback assertivo em vários momentos, mas a verdade é que até agora ele não consegue ter a equipe nas mãos.”

Este certamente poderia ser o depoimento de um executivo que apostou todas as fichas naquele colaborador que parecia ter o perfil ideal para liderar uma equipe de trabalho e agora entende que a pessoa não conseguiu dar conta do recado. Com certeza quase toda companhia já viu isso acontecer em algum momento da sua trajetória. Mas onde está o erro, afinal?

Muitas vezes, os problemas já começam com a decisão equivocada de promover alguém a líder com o argumento de que essa pessoa tem uma competência técnica ímpar, esquecendo-se de que a capacidade de conduzir pessoas é que será decisiva dali em diante.

Aliás, a primeira coisa que você deve fazer antes de alçar alguém a líder de equipe é certificar-se de que ele realmente gosta de trabalhar com gente. É um grande erro achar que só porque o colaborador tem bom nível de eficácia individual vai conseguir se sair bem em um cargo de liderança.

A transição de um cargo técnico para um gerencial passa pelo apreço de “doar-se” a outras pessoas e alguns seres humanos não estão dispostos ou não sabem fazer isso. Simplesmente sofrem quando precisam dedicar-se a terceiros, já que seu foco está centrado no próprio trabalho.

E quais as consequências disso?

  • O líder se sente sobrecarregado, pois centraliza a execução de muitas tarefas que podem ser delegadas;
  • Os liderados não se desenvolvem, pois o pseudolíder não se responsabiliza pelo sucesso – ou insucesso – deles;
  • O líder em questão compete com os subordinados no dia a dia, pois ele se vê como membro do time e não como o seu técnico e capitão.
  • Os resultados da equipe são medíocres.

O que precisa ficar muito claro para as companhias é que nem tudo pode ser resolvido ou moldado com treinamentos. Não adianta promover a líder de equipe profissionais extremamente egocêntricos, por exemplo. Quando você os convida a assumirem um papel de gestão, eles aceitam porque querem o status que o cargo lhes proporciona, sem terem ideia de que cuidar das pessoas será uma atribuição central a partir dali. Se soubessem, provavelmente não aceitariam o convite.

Como já disse John Maxwell, de nada adianta levar um monte de patos para uma escola de águias e esperar que, com muito treino e uma certa dose de paciência, eles se tornarão águias. Podem até se transformar em patos melhores e mais competentes, mas jamais serão aves de rapina.

Já parou para analisar se o seu líder tem mesmo o perfil ideal para o cargo?

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